quarta-feira, 6 de dezembro de 2006
A Dengue e o café
ALERTA para quem gosta de cultivar flores em sua casa.
É muito simples e cada um pode fazer sua parte!
Por favor, vamos divulgar esta mensagem que pode ser de uma grande ajuda para os serviços de saúde de nosso país.
A receita para combate a dengue é prosaica, pois não envolve venenos perigosos à saúde humana e dos animais que dividem o ecossistema urbano com os humanos, pequenos pássaros principalmente.
O mosquito Aedes aegypti pode ser combatido colocando-se borra de café nos pratinhos de coleta de água dos vasos, no prato dos xaxins, dentro das folhas das bromélias, etc.
A borra de café, que é produzida todos os dias em praticamente todas as casas, tem custo zero.O único trabalho é o de colocá-lo, inclusive sendo jogado sobre o solo do jardim e quintal.
Quem descobriu este efeito anti-Aedes da borra foi uma cientista paulista, a bióloga Alessandra Laranja, do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Unesp, Universidade Estadual de São Paulo, campus de São José do Rio Preto, durante a pesquisa da sua tese de mestrado, orientada pelo professor Hermione Bicudo.
Os testes realizados em laboratório comprovaram que a borra de café – que fica depositada no coador - é uma arma muito eficiente contra o mosquito transmissor da dengue, uma vez que impede a postura, e quando esta ocorre, o desenvolvimento dos ovos daquele mosquito.
O estudo demonstrou, cientificamente, que, em quantidades adequadas, a borra do café bloqueia o desenvolvimento da larva do Aedes aegypti.
Parece uma panacéia mas não é, destaca a bióloga: a borra de café pode revolucionar o combate ao inseto, tornando-se uma poderosa arma contra a doença.
Conforme explica a bióloga Alessandra Laranja, do Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas da Unesp/São José do Rio Preto, 500 microgramas de cafeína da borra de café por mililitro de água bloqueia o desenvolvimento da larva no segundo de seus quatro estágios e reduz o tempo de vida dos mosquitos adultos.
Em seu estudo ela demonstrou que a cafeína da borra de café altera as enzimas esterases, responsáveis por processos fisiológicos fundamentais como o metabolismo hormonal e da reprodução, podendo ser essa a causa dos feitos verificados sobre a larva e o inseto adulto.
A pesquisadora continua estudando os efeitos que a cafeína da borra sobre o Aedes aegypti, ciente da importância disso, tendo em vista o perigo da chegada ao País da dengue tipo 4, proveniente do exterior dentro de navios oceânicos e de aviões de linhas transcontinentais.
A solução com cafeína pode ser substituída por duas colheres de sopa de borra de café para cada meio copo de água, o que facilita o uso pela população de baixa renda.
A solução pode ser aplicada em pratos que ficam sob vasos com plantas, dentro de bromélias e sobre a terra dos vasos, jardins e hortas. Inseticida natural serve também como adubo.
Como Alessandra Laranja explica, o mosquito Aedes se desenvolve mesmo na película fina de água que às vezes se forma sobre a terra endurecida dos jardins e hortas, desenvolve-se também na água dos ralos e de outros recipientes com água parada (pneus, garrafas, latas, caixa d'água etc.)
"A borra não precisa ser diluída em água para ser usada", destaca a bióloga. Pode ser colocada diretamente nos recipientes, já que a água que escorre depois de regar as plantas vai diluí-la.
Ou seja: ela recomenda que a borra de café passe a ser usada, também, como um adubo ecologicamente correto.
A bióloga discorda ainda da utilização de inseticidas usuais, como o fumacê e do líquido usado pelos técnicos da saúde pública: "A borra de café, além de ter custo zero, não é tóxica nem prejudica as plantas, podendo servir até como adubo".
Vamos colaborar com o combate à dengue!
Fonte: http://www.borkenhagen.net/dengue.html
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