"Hoje a evolução da vida social, sobretudo urbana, caminha para transformar tudo em condomínios, onde há uma parte exclusiva e privativa, e outra parte que é de domínio público.
Nesse sentido a cidade é um grande condomínio, porque o espaço físico urbano é limitado e a expressão demográfica é cada vez maior. A redução das possibilidades financeiras faz com que se caminhe, graças à tecnologia, para a adoção dessa forma singular de se sobrepor espaços sobre o mesmo lote urbano, com um único alicerce e um único telhado.
Nestas edificações existem áreas privativas e áreas comuns. Daí as dificuldades culturais de se ajustar a convivência, porque este é um fato relativamente novo para o qual nós ainda não estamos inteiramente preparados.
Há um conflito cultural entre o exclusivo e o comum. O condomínio procura estabelecer uma realidade em que estas duas relações se harmonizem, significando um avanço na humanização das pessoas. Esta é a razão pela qual se diz que a humanização da cidade passa pela humanização do condomínio".*
Apesar de não vivermos aqui sob o mesmo teto, é tempo de reconhecer que estamos sim no mesmo barco e aprender a viver nessa nova realidade.
É tempo da vida condominial ser pautada nas relações de boa convivência, onde as pessoas se sintam protegidas, seguras e tratadas com dignidade. Onde crianças, idosos, mulheres, gestantes, portadores de necessidades especiais, funcionários e visitantes possam ser tratados com respeito que merecem.
(*) trecho da entrevista concedida pelo Prof.Francisco Menna Barreto Reis, que leciona pesquisa científica’ e ‘ética’ na UnB, Unilegis e Unieuro, em Brasília.
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